segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Caio Fábio, Bispo Macedo, adultério e lavagem de dinheiro


Caio Fábio, Bispo Macedo, adultério e lavagem de dinheiro

Enfiando o rei Davi nos negócios escandalosos de um pastor e um bispo do Brasil

Julio Severo

Numa carta aberta para Caio Fábio anos atrás, relembrei-o que o Novo Testamento deixa claro que há condições e requisitos indispensáveis e obrigatórios para que um homem ocupe a posição de pastor. Uma dessas condições é ser irrepreensível.

Davi, João Batista, Herodes e alguns pastores brasileiros

Mas os seguidores de Caio não param de me enviar mensagens dizendo que se o rei Davi adulterou e era um homem segundo o coração de Deus, então Caio pode adulterar, pedir perdão e continuar na função pastoral. Caio está também perdoado se usar manipulação psicológica para dar sutil apoio ao aborto e ao homossexualismo, como ele já andou fazendo. Ele está igualmente desculpado se em seu passado de "papa evangélico" ele influenciava o povo evangélico a admirar Lula, sendo uma das maiores causas do devastador apoio evangélico ao político socialista que hoje usa a presidência do Brasil para impor o aborto e o homossexualismo na sociedade brasileira. Para Caio, na graça — ou mais propriamente, na sua Igreja Caminho da Graça — vale tudo.

Outro membro do Caminho da Graça me escreveu dizendo que Caio Fábio é um moderno João Batista. Sorte desse homem João Batista não estar aqui para se defender! Para quem não sabe, João Batista era filho de sacerdotes e pagou com a vida por ter repreendido o adultério e as corrupções do rei Herodes. Mas como tudo hoje está invertido, um moderno João Batista às avessas (com histórico de adultério perdoado pela "graça" versão Caminho da Graça) é que acabaria sendo repreendido por um Herodes.

É um fenômeno moderno pastores que se julgam na posição de João Batista, mas têm o caráter corrupto e adúltero de Herodes. São amantes do dinheiro e infiéis às suas esposas originais. Sem essa lamentável inversão, Deus pode realmente levantar profetas como João Batista para repreender os adultérios e corrupções dos modernos Herodes que estão na liderança da sociedade e das igrejas. O rei Herodes da "graça" made in Caminho da Graça que se cuide então.

O rei Davi não era sacerdote

Contudo, Davi é a vítima preferida dos que insistem em justificar as repreensibilidades das condutas dos Caios, Macedos e outros pastores. Mas eles ignoram um fato importante: Davi não era sacerdote. Em termos modernos, Davi não era pastor nem líder religioso. Havia na época de Davi os sacerdotes, que trabalhavam no cargo moderno de pastor. Eles ocupavam exclusivamente a função de liderança religiosa. Mais nada.

Por outro lado, Davi ocupava exclusivamente a função de liderança política. Ele era rei. Em termos modernos, ele era presidente. Mais nada.

As qualificações para sacerdote e pastor são muito mais elevadas do que as qualificações para presidente.

O sacerdote precisa ser irrepreensível. O pastor precisa ser irrepreensível. Davi era um homem segundo o coração de Deus como político. Mas se ele fosse sacerdote e pastor, ele teria a obrigação de ser irrepreensível. Como sacerdote e pastor, ele só poderia ser um homem segundo o coração de Deus com uma reputação e conduta irrepreensíveis. Ser irrepreensível é ter uma reputação excelente, é estar acima de acusações de caráter.

Além disso, o político Davi era casado com várias mulheres. Mesmo os sacerdotes da época dele não tinham várias esposas. Os sacerdotes tinham apenas uma mulher, e esse requisito continuou obrigatório para todos os pastores casados no Novo Testamento.

Bispo Macedo e o amor ao aborto e ao dinheiro

Com relação ao Bispo Edir Macedo, já tratei abundantemente do apoio dele ao aborto. É deplorável que um homem que se considere porta-voz de Deus defenda a matança legal de bebês em gestação. É deplorável que um homem que diz crer em milagres creia também no aborto. E é deplorável que um homem que se considere bispo lidere uma denominação que é alvo de freqüentes manchetes internacionais de corrupção e lavagem de dinheiro.

Por que Macedo e sua denominação lidam com o dinheiro de um modo que os expõe a escândalos? Com certeza, eles percebem o óbvio: o que o governo tira de impostos é muito mais do que o justo. E tentam proteger seu dinheiro com esquemas para desviá-lo da ganância estatal.

Macedo bem que poderia dar atenção ao exemplo de Tiradentes, que se revoltou contra o governo português pela cobrança de 20 por cento de impostos sobre os cidadãos do Brasil. Superando em muito a ganância do governo português, o atual governo brasileiro cobra quase 40 por cento de impostos, e só isso já deveria ser inspiração suficiente para motivar todos os pastores do Brasil a proclamarem jejuns, orações e ações contra esse roubo descarado. Mas em vez de orientar sua denominação e pastores a denunciarem esse imenso roubo estatal contra o Brasil, Macedo prefere apoiar o governo que rouba e recorrer a meios ilegais (pelos padrões do insaciável tubarão brasileiro do imposto de renda) para proteger sua imensa fortuna da voracidade estatal.

A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) está pagando um preço alto por recorrer a esses meios. A IURD está na mira do Ministério Público Federal por remessa de dinheiro ilegal ao exterior. Nos EUA, a IURD está também sob investigação por suas estranhas e bilionárias transações financeiras.

O que Deus exige do pastor?

Compare agora o histórico desses dois homens (Caio Fábio e Bispo Macedo) com as exigências bíblicas para o homem que quer pastorear:

"Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o pastorado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o pastor seja irrepreensível, marido de uma só mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao álcool, não violento, não cobiçoso nem ganancioso, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria família, tendo seus filhos em obediência, com toda a modéstia, pois se alguém não sabe administrar a sua própria família, como conseguirá cuidar da igreja de Deus? Ele também não deve ser novo convertido, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo". (1 Timóteo 3:1-7)

Evidentemente, o rei Davi falharia em vários desses requisitos. De qualquer forma, esses requisitos não se aplicavam a ele, pois não são para políticos, mas apenas para pastores e bispos. No entanto, com seus problemas peculiares, nem o "Pastor" Caio Fábio nem o "Bispo" Edir Macedo têm um histórico irrepreensível na área de finanças e caráter. Eles podem ser políticos? Sim, provavelmente. Mal posso ouvi-los dizendo:

Caio e Macedo:
"Oba!!! Podemos ser políticos!"

Caio:
"Eu quero ser presidente! Tenho a experiência de ter sido o papa dos evangélicos do Brasil!"

Macedo: "Essa é para mim, Caio. Cai fora!!! Eu tenho a experiência de ser o maior magnata evangélico do Brasil. Tente ser senador!"

Caio:
"Buááá! Você está estragando meus sonhos! Só por isso vou fazer uma leitura psicológica de você no meu site para todos virem. Você vai ver!"

Macedo:
"Ah, é assim? Farei questão então que seu nome seja lembrado na próxima Sessão do Descarrego! Além disso, seus escândalos vão ser expostos no Jornal da Record!"

Brigas de família à parte, com seu caráter repreensível, ambos, como presidente e senador, estariam em seu habitat natural, no meio de muitos outros políticos que, em menor ou maior grau, vivem a mesma realidade moral e financeira deles.

O fato é que a ganância e as inclinações socialistas de Caio e Macedo — sem mencionar suas nefastas ligações passadas com Lula — os tornariam péssimos políticos cristãos. Eles podem ser pastores? Obviamente, nenhum dos dois nem sonha em largar do pastorado, mesmo não tendo a irrepreensibilidade que a Palavra de Deus exige.

Davi, Reagan e as desculpas de Caio e Macedo

Macedo e Caio têm uma desculpa: Já que Davi não tinha um histórico irrepreensível, eles também não precisam… Ufa! Eles respiram aliviados com essa santa muleta e santo amuleto! Será que o rei Herodes também usou a mesma justificativa para seu adultério e corrupções?

Eu admiro muito o rei Davi — apesar de seu adultério e assassinato covarde de Urias. Eu admiro muito o presidente Ronald Reagan — apesar de seu divórcio e recasamento. Ambos eram grandes políticos. Ambos fizeram proezas políticas e espirituais importantíssimas, cada um em sua própria geração. Davi derrubou Golias e elevou a nação de Israel. Reagan derrubou o Golias do comunismo soviético e honrou os EUA de forma tremenda. Mas seria difícil admirá-los se eles fossem pastores insistindo em não deixar o pastorado depois de um adultério, divórcio e recasamento, pois ser grande político não é a mesma coisa que ser um grande pastor. Ser pastor exige muito mais santidade do que ser presidente.

Por que? Porque um presidente dirige um povo, mas pastores segundo o coração de Deus podem influenciar presidentes e ajudar a formar uma nova geração de líderes políticos que dirigirão a nação. Pastores influenciaram de forma impressionante a fundação dos Estados Unidos, inclusive a vida de muitos presidentes americanos. O que seria de Reagan sem o Pr. George Otis, que em 1970 orou por Reagan e lhe disse profeticamente que ele seria presidente dos EUA?

Davi só se levantou como rei de Israel depois que o sacerdote Samuel o ungiu. Os Davis para a presidência do Brasil só surgirão com a ajuda de pastores ungidos e íntegros.

Entretanto, não é por amor à santidade e integridade que Caio e Macedo estão agarrados ao púlpito. Acima de tudo, eles têm suas razões pessoais para não deixar o pastorado…

A Bíblia não acertou na mosca quando disse que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males? Para Caio e Macedo, ser pastor e bispo é um negócio da China.

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